"Quase morremos, mas estamos aqui hoje!"
Essa historia começa em um dia quente de inverno nas férias de julho de 2017, era minha penúltima semana na praia de Peruíbe. Nesse especifico dia meus pais tiveram que voltar para a minha cidade por motivos de trabalho. Em Peruíbe só estava eu, minha prima, os pais dela, a família dos primos da minha prima e outras pessoas que são irrelevantes para esta historia.
Chegando à praia, o dia estava lindo e a praia bem cheia, eu e minha prima fomos correndo para o mar. Mas como nós éramos pequenas a minha tia foi junto, a gente chamou o primo da minha prima, mas ele tinha um pouco de medo de mar e não foi com a gente.
Mas antes mesmo que eu pudesse me afastar de onde nossas coisas estavam meu tio disse:
- Tomem cuidado, não se afastam da sua tia/mãe, sempre fique na “linha” do lugar onde nós estamos e se caso vocês se perderem é só procurar o quiosque azul e amarelo que está ai do lado.
Nós ficamos na beira do mar sentadas na areia, e como todo mundo sabe nenhuma criança gosta disso, então começamos a ficar entediadas e rezando para que a minha tia saísse para que agente fosse mais para o fundo. Bom foi dito e feito, realmente a minha tia deixou eu e minha prima sozinhas no mar com a condição que não era para ir no fundo. Mas como toda criança de 11 anos nós não ouvimos ela e devagar fomos mais para o fundo.
E foi ai que o problema começou, conforme a gente estava indo para o fundo nós também fomos “andando” no mar e esse foi o nosso erro. Se uma de nós tivesse ao menos lembrado do que meu tio disse antes de irmos para o mar provavelmente isso teria sido evitado, ele disse “sempre fique na “linha” do lugar onde nós estamos”. Bom... Se eu tivesse escutado talvez a bronca que eu levei poderia ter sido evitada.
Conforme nós íamos procurando um lugar bom pra ficar a gente só foi se afastando da “linha” onde todo mundo tava, a gente era tão bestinhas que nem reparamos que estávamos muito longe do tal quiosque azul e amarelo. Enfim achamos o “lugar perfeito”, não tinha ondas grandes ou fortes e no começo não era muito fundo.
A primeira dica que o lugar não prestava era que tinha três meninas lá, e duas delas estavam puxando a terceira menina do mar porque ela estava presa ou se afogando (até hoje eu não sei bem).
Eu e minha prima ficamos um relativo bom tempo lá, mas eu acho que Deus me deu um alerta e eu finalmente comecei a olhar em volta e percebi que estávamos muito longe do lugar onde meus tios estavam. Então eu falei com a minha prima sobre isso e ela concordou comigo e decidimos sair de lá.
A segunda dica foi que quanto mais a gente “nadasse” mais as ondas ficavam maior e passavam pelas nossas cabeças e com isso nós não conseguíamos mais alcançar o chão. Agora imagina: duas crianças de 11 e 12 anos que não sabem nadar, em um uma situação critica, devo dizer, de vida ou morte e batendo os pés para tentar sair de lá.
E foi quando um “milagre” aconteceu e minha prima conseguiu nadar e sair de lá e eu desesperada esticando a mão pra ela me puxar e me tirar daquele buraco. Ela conseguiu me puxar pra areia, nós duas caímos no chão e veio uma enorme sensação de alivio.
Mas o problema não acaba por ai, enquanto nós estávamos levantando do chão e se preparando para encontrar o quiosque azul e amarelo a gente encontrou meu tio furioso, minha tia preocupada e os dois primos da minha prima sem reação. Confesso que minha há sensação de alivio foi afogada nesse momento. Meu tio disse muita coisa que metade eu não me lembro, enquanto o resto só ficou calado, eu e minha prima até tentamos nós defender mais não deu certo e só piorou a bronca dele
No final deu tudo certo, meus pais só foram descobrir isso ano passado e acreditem ou não eu nunca tentei esconder essa historia deles, eu só nunca precisei contar. E a moral da historia é: Não vá para tão fundo no mar e aprenda a nadar.
Comentários (2)
“ GENTE, QUE LEGAL!!!!
PARABÉNS PELA CRIATIVIDADE!!!
AMEI A GALERIA DE FOTOS! PRECISAMOS SÓ CORRIGIR ALGUNS ERRINHOS NA ESCRITA.
PASSADA, AQUI! KKK
MB
Bárbara Tomazia
“ Site está show de bola! Lindo e já com bastante contéudo, mostrando o comprometimento do grupo. 10 / 10 ”
Cíntia Pinho